A organização ambientalista GEOTA defendeu ontem um plano de estabilização de emergência dos solos, na sequência dos incêndios no Norte e Centro do país, alertando que as chuvas previstas potenciam contaminações e resultam das alterações climáticas.

As ONGA Almargem, ANP/WWF, FAPAS, GEOTA, LPN, Quercus, A Rocha, SPEA e ZERO pronunciaram-se ontem relativamente à decisão apresentada pelo Governo sobre o novo aeroporto vir a localizar-se em Alcochete. As organizações consideram que “foi um processo positivo de decisão” e congratulam-se pelo facto de opção Montijo estar “definitivamente posta de parte”, afirmando ser “uma enorme vitória das ONGA, mas acima de tudo para o país”.

Os responsáveis pela análise notam que há diversidade dentro dos grupos políticos e dentro dos partidos nacionais, sendo possível encontrar protetores em todo o espetro político, com exceção da extrema-direita.

Quinze organizações enviaram uma carta aberta ao primeiro-ministro e à ministra do Ambiente, entre outros governantes, apelando a que o Governo adote “uma posição ambiciosa na negociação da Agenda Estratégica da UE 2024-29 ao nível das prioridades ambientais e sociais”, no Conselho Europeu que se realiza na próxima semana.

O Grupo de Estudos e Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) já plantou, desde 2019, 1 milhão de árvores autóctones através dos projetos de reflorestação Renature que estão a decorrer na Serra de Monchique, no Parque Natural da Serra da Estrela e na Mata Nacional de Leiria.

Desde 2010 já arderam mais de 1,5 milhões de hectares em Portugal, colocando o país como o mais afetado por incêndios na Europa no século XXI. Tendo em conta que cerca de 98% da floresta é privada ou comunitária, o ponto de partida passou por envolver as comunidades locais que detêm e habitam o território em modelos colaborativos com vista à reflorestação das áreas ardidas. Através dos projetos Renature já estão a ser apoiados cerca de 700 proprietários numa área de intervenção de 3 mil hectares.

Nove associações não governamentais entregaram um parecer conjunto onde destacam que o Montijo não é viável para o novo aeroporto.

Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente mostra-se contra a construção da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto. “Não temos dimensão, população e estado económico que justifique ou que seja necessário ter uma alta velocidade”, afirma o engenheiro Eduardo Zúquete.

Depois de já ter financiado as anteriores fases com um milhão de euros, a Ryanair garante agora mais 400 mil euros. A serra de Monchique agradece!

Depois da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyan, ter anunciado um período de consulta de 18 dias acerca da coabitação dos lobos e seres humanos na União Europeia, as Organizações Não Governamentais de Ambiente que integram a Coligação C7 mostraram-se preocupadas com a intenção de retroceder a proteção dada a este animal.